Há vários tipos de construção que se inserem dentro do arquétipo “Casa Amiga do Ambiente”. Podemos construí-la em pedra, em madeira, em terra, em betão, em contentores, em aço leve, em plástico e misturar inclusive os diversos componentes. Destacamos destas a construção em terra, a mais “democrática” de todas, por existir em qualquer local (exceptuando zonas polares) e ter bons resultados em qualquer tipo de ambiente. São casas mais sustentáveis, com sistema natural antissísmico. Podem ter incluídas na sua construção, madeira, argila e elementos reciclados, que mantêm o calor de forma natural.
Outra que entendemos destacar é a construção em aço leve. Os perfis de aço galvanizado são fabricados em estaleiro e são montados no local da obra. É uma construção mais rápida, limpa, sem desperdício e da mais amiga do ambiente, porque em caso de demolição pode-se reciclar quase todo o material lá utilizado, com especial destaque para a estrutura da casa.
Tanto a construção em madeira como em pedra, especialmente esta última, têm a vantagem de ser mais ecológicas, já que existem em abundância na natureza e caso sejam extraídas e reaproveitadas de forma sustentável, os danos da sua utilização no meio ambiente são de pouco efeito.
Como há vários tipos de construção, naturalmente que têm que existir técnicas de construção sustentável, para as casas poderem ser consideradas Casas Amigas do Ambiente. Estas técnicas de construção sustentável, revelam a atenção dos seus criadores com as três (3) fases da construção, que são o antes, o durante e o após da obra. Têm que reduzir o desperdício, privilegiando o uso de material reciclável e ecológico e preservando os recursos naturais que possibilitem um adequado consumo de energia.
Destacamos destas principais técnicas de construção sustentável, a “Retrofit” – que é a actualização da construção já existente, dispensando a necessidade de efectuar grandes reformas e melhorando automaticamente as condições de vida dos seus habitantes de forma radical.
A construção Modular, que usa módulos habitacionais fabricados de forma padronizada, reduzindo o desperdício de materiais, com execução mais rápida e poupando na mão de obra. As estruturas chegam concluídas ao local da obra e são colocadas sobre a fundação. As paredes têm tratamento termo acústico.
A construção em Contentores apenas necessita de tratamento termo acústico e devem-se usar telhas térmicas ou “telhado verde”. Por serem fixas em fundações rasas, são rapidamente construídas e facilmente movíveis.
Nas ditas sub-técnicas, deve-se dar especial atenção à utilização de energia captada ao sol – fotovoltaica e solar, para criação de electricidade e aquecimento de águas e ventilação. Na capacidade de obter água, o foco deve estar na captação, no seu armazenamento e na sua reutilização nas áreas comuns e nas exteriores.
O foco também deve incidir no uso de flora indicada ao clima local, tanto nas zonas exteriores como nas partes dos edifícios em contacto com o exterior, como no aproveitamento de paredes e telhados para criação de jardins verticais.
Eu sou o Rui Oliveira, Founder e Diretor Geral da LO Investimentos